Perdoa Pai, eles não sabem o que fazem.

A última palavra de Jesus dita no dia de Seu martírio na cruz deixou admirados todos os que presenciaram tal evento. 

Os soldados romanos, os seus seguidores como também os orgulhosos que o impuseram tal castigo, sem compreender como aquele Homem, depois de ser alvo de tanta humilhação pudesse pedir por eles, ao Pai.

Dono dos mais belos e sublimes exemplos de agir e viver disseminou o bem exemplificando como proceder nas mais diversas situações, provando ser o maior exemplo de amor que Deus nos permite conhecer.

Em seu momento derradeiro, em frente a populares e soldados, demostra mais uma bela lição de amor quando a multidão se encontrava agitada e barulhenta, disparando contra Ele as mais perversas formas de destrato e impiedade.
Ele, sabedor da pequenez humana, roga ao Pai, que lhes perdoem, pois ainda não sabiam o que estavam fazendo.
Pouco imaginavam que Aquele que pregavam na cruz era o Messias predito pelos antigos profetas, o divisor de aguas, um Homem que dividiu os anos em antes e depois de Sua vida.
Não tinham ideia de que seu evangelho, tão incompreendido, seria irradiado por quase toda a terra, iluminando vidas e dulcificando corações.
Ele, como no dia de seu suplício, continua auxiliando os corações arrependidos, castigados pela dor moral, impostas a si mesmos, resultado de atitudes perversas, a perdoar seus ofensores.
O perdão, atitude que brota do coração do individuo que já consegue ver em seu semelhante, a ligação de irmão, é ato sublime e das mais grandiosas bênçãos do céu.

Jesus, ao falar do perdão, nos ensina a olhar para nossos algozes, com a ternura e fraternidade, permitindo assim que nos sejam perdoados nossos excessos, da mesma forma em que os equívocos alheios sejam corrigidos, respeitando a lei de ação e reação.

Não são raros os momentos em que nos permitimos ser maltratados por atos, ou atitudes, que ferem a alma, nos infelicitando e trazendo lágrimas ao rosto.

Deus, criador supremos das leis que regem o universo, conhecendo nossas fraquezas ou tendências inferiores, nos dá a oportunidade de manter uma proximidade com nossos desafetos passados, para que dessa forma, seja empregada a lei do amor, do perdão e por consequência, chegarmos a posições mais sublimes, na escala evolutiva.
Todas as pessoas têm débitos a serem quitados, todas devem aprender a olhar os ofensores com o mesmo olhar que Jesus teve com seus agressores, tendo a certeza de que eles não sabem o que fazem ainda, mas que em seu devido tempo vão ter oportunidade de reparar o mal praticado.

No tempo oportuno, no ritmo da evolução, abrem-se os olhos dos que ainda se permitem vagar pelo caminho do mal, e, em tempo, vão saber o que fazer, arrependendo-se e buscando a reparação.

Jesus dá-nos essa certeza de reparação, através do arrependimento sincero, quando admitimos em nossa consciência cometer equívocos na caminhada terrestre. Quando o Mestre diz para um dos ladrões que o acompanham na triste crucificação, afirmando que naquele mesmo dia, estará com Ele no reino dos Céus, ai está a certeza de que todo mal pode ser reparado. Aquele homem percebeu que havia cometidos erros, mas arrependendo-se foi consolado por Jesus.

Logo, apressemo-nos em corrigir nossas más tendências, nos libertar das correntes da maledicência e rumar, com fé, no caminho da Luz do evangelho do Mestre, instruindo-nos para que possamos saber o que fazer, agindo no bem e rumando para o Criador.

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