Onde está Jesus?

Andamos sobre esse planeta, que para muitos, doloridas e amargas experiencias são impostas, como meio de resgate de dívidas pretéritas. Convivemos com pessoas nem sempre agradáveis aos nossos corações. Praticamos atos, que por vezes não são aprovados pela nossa consciencia. Lamentáveis angustias somam-se ao passar dos dias. Pesados fardos nos amontoam a frente. Dentre todas essas provações, nos perguntamos, onde está Jesus? Onde estão suas promessas? onde estará nossa paz, prometida pelo mestre?

Respostas, elas existem!

Quando o sol nasce, brilhoso, convidando-nos para mais um dia, ai está Jesus.
Quando a natureza nos saúda, com seu encanto, ai está Ele.
No carinho sincero dos amigos, percebamos o nosso amigo Maior.
Nas horas de alegria junto aos nosso mais queridos afetos, sentimos sua energia.
Ao chegarmos ao final do dia, vencedor das batalhas que o dia proporcionou, saudamos a Ele mais uma vitória.
Na cura de enfermidade cruel, que dilacera o organismo. Ao Mestre devemos agradecimentos.
Nos momentos de fraqueza, onde o abismo da insegurança e loucura nos aparece. É dele que vem a segurança e fortaleza.
No conselho materno ou paterno que nos reconduz ao caminho correto. São deles as mais grandiosas inspirações.

Enfim, nos faz presente em todos os momentos a sua sincera luz, que nos guia nos passos quase vacilantes nas avenidas largas do Livre arbitrio, nesse mundo de provas e expiações.

Jesus mestre amigo, a luz do mundo.

Na batalha diária

A cada dia que recebemos a graça de estar neste planeta. Novas experiências nos são dadas, algumas boas, outras desagradáveis.
Assim é inquestionável que estejamos preparados para o que nos é apresentado. Sendo assim vale lembrar:

Quando se sentir sozinho, aceita a companhia amiga do Mestre.
Quando se sentir sem ânimo, anima-se com o bem tratar do próximo.
Quando se sentir inútil, ampara os mais necessitados.
Quando se sentir vazio, preenche a alma, com as palavras de Jesus.
Quando se encontrar em desespero, acalma-se na oração sincera.
Quando se sentir desamparado, lembra-te da presença do Messias.
Quando se encontrar disposto, segue em frente e luta contra as investidas do mal.
Quando se encontrar feliz, agradece ao Pai, a oportunidade de mais um dia.
Quando o mal lhe tentar, afasta-o com o pensamento em Jesus.
Quando o fracasso lhe vencer, recomeça rogando auxílio do alto.
Quando a cruz lhe pesar, lembra da cruz mais pesada que foi imposta a Cristo e persiste.
Quando tudo parecer escuridão, acende a luz intima, e ilumina teus pensamentos.
Quando tudo parece distante, caminha em direção do progresso do espírito.
Quando se perder do caminho, roga auxilio aos bem-feitores espirituais e recomeça.
Quando o próximo te ofender, ofereçe seu carinho sincero e perdoa.
Quando à Deus quizer agradar, auxilia o próximo e o ama, como a si mesmo.


Jesus permanece presente em todos os momentos da nossa vida.

Recado aos que choram.

"Bem-aventurados os que choram pois serão consolados" (Mateus 5)

Sábias e consoladoras as palavras de Jesus, deixadas por Ele a humanidade faminta de consolo e paz.

Vivemos num mundo onde a tristeza, o luto, as decepções, os bens perecíveis da matéria nos cercam e sufocam, nos infelicitando e trazendo sofrimento. Dentro desse mar de tormento, é comum, infelizmente, recorrermos a falsos consolos, falsas promessas de paz e tranquilidade. Falamos dos males morais, que a todos atinge. 


Como é visto nos noticiários e no convívio em geral, as drogas, as más inclinações, a vingança, o ódio, a corrupção, vaidade e todo tipo de cólera nos invade o reduto e nos penetra no mais intimo da alma.

Neste momento é importante nos refugiarmos nos ensinamento do Mestre Nazareno, mostrando a todos o caminho certo para o bem próprio e geral do mundo. Confiemos no Amigo maior, depositando nele toda nossa fé para combatermos os inimigos que rondam nossa vida. 

Quando as lágrimas nos lavarem o rosto e ofuscarem nossa visão, fechemos os olhos e meditemos, lembrando que o sofrimento se faz necessário para que todas nossas falhas pretéritas sejam quitadas. 

Encontraremos nas palavras do Mestre a disposição necessária para continuarmos nossa caminhada nessa escola chamada Terra. Pensemos no tormento que Ele, por amor a nós, passou e saiu vitorioso, no madeiro que lhe foi imposto. Carreguemos nossa cruz com a mesma força divina que um dia nosso divino Mestre carregou. Sejamos hoje, melhor do que ontem e amanha melhor do que hoje. Nunca desanime-mos. Nunca pensemos em desistir. Que Deus abençõe a todos.


Poder e Vaidade

Fala-se muito das misérias humanas. Fala-se, sobremaneira, da miséria econômica.

Mas, ao lado das misérias materiais há outras de maior gravidade, que são as misérias morais.

A vaidade é uma delas. Mistura-se a todas as ações humanas e mancha os pensamentos mais delicados. Penetra o coração e o cérebro.

Planta má, a vaidade abafa a bondade. Todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.

Faz com que os homens se esqueçam de Deus, que se constitui em socorro apenas implorado nos momentos de aflição, e jamais o Amigo convidado ao banquete da alegria.

A vaidade, por si só, se constitui em obstáculo ao progresso moral dos homens, mas quando está de mãos dadas com o poder, torna-se nefasta.

Nos tempos em que as estradas poeirentas da Galiléia ainda eram marcadas pelas sandálias humildes do Sublime Galileu, um ensinamento singular ficou impresso na História, através de um diálogo do Cristo com um senador romano.

Jesus falou-lhe de humildade, mas, aquele homem investido dos poderes e glórias transitórios, deixou-se arrebatar por uma onda de orgulho e questionava-se mentalmente:

Humildade? Que credenciais apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele, senador do Império Romano, revestido de todos os poderes?

Lembrou a cidade dos Césares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos acreditava, naquele momento, fossem imortais.

Jesus, conhecedor das Leis eternas e imutáveis que regem a vida, percebendo seus pensamentos, respondeu com serenidade e firmeza:

Todos os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis...

As magnificências dos Césares são ilusões efêmeras de um dia, porque todos os sábios, como todos os guerreiros, são chamados no momento oportuno aos tribunais da justiça de Meu Pai que está no Céu.

Um dia, deixarão de existir suas águias poderosas sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros trabalhadores mais dignos do progresso.

Suas leis injustas serão tragadas no abismo tenebroso desses séculos de impiedade, porque só uma Lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem: A Lei do amor, instituída por Meu Pai, desde o princípio da Criação...

Nesses ditos de Jesus, há um singular ensinamento: a transitoriedade das ostentações humanas construídas sob os impositivos da vaidade.

E Jesus tinha razão. Dois milênios após, pouca coisa restou daquele Império tido como imortal. Restam hoje apenas algumas ruínas que o tempo se encarregará de extinguir.

Todavia, o tempo não logrará destruir os ensinamentos grandiosos legados à Humanidade pelos cidadãos romanos que se dedicaram a construir patrimônios imperecíveis, não sujeitos às leis da matéria.

*  *  *

Deus, antes de colocar a Humanidade sobre a face da Terra a enfeitou de belezas naturais, revestiu-a de todos os elementos e recursos necessários ao nosso bem-estar.

Para iluminar o dia, Ele nos deu o Sol, radiação gloriosa. E para clarear as noites salpicou-as de estrelas, como se fossem flores de ouro.

E nós, o que temos para ofertar a Deus, senão o nosso coração?

Mas, longe de enfeitá-lo com alegrias, virtudes e esperanças e permitir que Deus o penetre, só o fazemos quando o luto, as amarguras e decepções nos visitam e nos ferem.

Deixemos a vaidade de lado e ofertemos o nosso coração livre de dores.

Ofereçamo-lo a Deus como homens, de pé, e não como escravos, de joelhos. Lembremo-nos de Deus também nas horas de alegria e felicidade.


Redação do Momento Espírita com base no cap. V,
pt.1, do livro Há 2000 anos, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 18.01.2010.