Parábola da figueira que secou.

Quando saíam de Betânia, ele teve fome; – e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. – Então, disse Jesus à figueira:

Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram.

– No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz.

– Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste.

– Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. – Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha:

Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece.

(S. MARCOS,11:12 a 14 e 20 a 23.)


Por vezes entender as parábolas de Jesus nos parece impossível, principalmente se a idéia é trazer o ensinamento para nossa vida, em nossa época, sob nossa perspectiva.

Essa parábola, onde a figueira improdutiva seca e se extingue, pode ser interpretada no contexto atual da seguinte forma:

Todo aquele que divulga uma idéia, um modo de vida, ensinamentos edificantes, que conduzem ao bem, porem não os praticam, não exerce com o coração, é como a figueira que é frondosa, cheia de galhos e folhas, mas sem frutos. São apenas galhos fortes por fora, porem oco.

Quando incentivamos a união, a fraternidade, a solidariedade, mas nos acomodamos nos pensamentos egoístas, negando assistência ao próximo ou ainda, agindo de forma contrariá rumando na contra-mão daquele que dizemos ser o melhor caminho, estamos deixando de produzir frutos.

Toda verdade que divulgamos, sem a caridade, se extinguirá como a figueira.

Os sistemas, dogmas, teorias que não são criadas em bases sólidas, desmoronarão e certamente desaparecerão.

É imperioso que nos tornemos figueiras produtivas, com frutos abundantes, através da caridade e pratica do bem.

Saibamos ensinar, agindo e exemplificando, como o sublime Mestre.

Rogério
30/11/2011