Quem era Esse Homem?

Quem era Esse Homem? Desceu das estrelas e aninhou-Se no seio de uma jovem mulher, a fim de vir à luz.
Teve por pai um carpinteiro e com ele aprendeu o ofício, embora Suas mãos já tivessem amoldado substâncias celestes, formando o próprio planeta em que veio habitar.
Habituado à harmonia celeste, deixou que o vento cantasse melodias em Sua cabeleira e que as areias lhe fustigassem a face.
Amou Sua mãe com devoção. Logo iniciado Seu messianato, retornou ao lar para vê-la e a acompanhou às bodas a que fora convidada.
Obedeceu-lhe ao pedido e ofertou aos convivas o líquido especial para os despertar para a realidade.
Em agonia, recordou de a entregar aos cuidados de um jovem idealista, preocupando-Se com o que lhe poderia suceder, após a Sua partida.
Quem era Esse Homem? Andou por estradas poeirentas, campos cultivados, às margens de um lago, lecionando o amor.
Viveu em uma época de desmandos, de corrupção dos costumes, de licenciosidades.
No entanto, manteve-Se íntegro, embora movimentando-Se entre pessoas consideradas de má conduta.
Estendeu Suas bênçãos aos pobres deserdados da sorte tanto quanto aos detentores de poder econômico e certa supremacia social, a uns e outros ofertando das Suas luzes.
Líder de um grupo que elegeu para assumir a preciosa missão de dar continuidade à Sua proposta, os incentivou a que deixassem fluir as suas qualidades interiores.
Vós sois deuses! - Afirmou. E podeis fazer tudo o que faço e muito mais.
Ensinou que todos os homens são herdeiros do Universo infinito, imensurável. Todos filhos do mesmo Pai, embora vivendo sob tetos diversos, em terras distantes uns dos outros e falando línguas estranhas.
Quem era Esse Homem a quem os Espíritos obedeciam e se rendiam? Senhor dos Espíritos - O chamavam.
Quem era Esse Homem que fazia cessar as dores, devolvia movimentos a corpos paralisados, a vista aos cegos e a palavra aos mudos?
Quem era Esse Homem que, em menos de três anos, revolucionou o mundo do pensamento sem nada ter escrito? Que reuniu ao seu redor, nada menos de cinco centenas de trabalhadores para darem continuidade ao Seu legado?
Que, ao partir, deixou semeadura tão grande que até hoje, transcorridos mais de dois mil anos, ainda não se esgotou?
Quem era Esse Homem, tão grande que não coube na História, dividindo-a entre antes e depois dEle?
Diziam que Ele era o filho de um carpinteiro de nome José e de uma mulher chamada Maria.
Nascido em Belém, viveu exilado no Egito. Depois, cresceu em Nazaré e morreu na capital religiosa da época, Jerusalém. terra dos profetas.
Quem era Esse Homem?
*   *   *
Um dia, um raio de luz deixou a amplidão dos céus e veio viver entre os homens.
Mais brilhante que o sol, escondeu Seu brilho nos trajos de simples carpinteiro.
Ele era luz. Veio para as sombras e as sombras tentaram empanar-Lhe o brilho.
Destruíram a ânfora onde se aninhava a luz. Então, liberta, ela brilhou ainda mais intensamente e, até hoje, enche o infinito das nossas necessidades.
Seu nome é. . . Jesus.
Redação do Momento Espírita.
Em 20.12.2011.

Parábola da figueira que secou.

Quando saíam de Betânia, ele teve fome; – e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. – Então, disse Jesus à figueira:

Que ninguém coma de ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram.

– No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz.

– Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste.

– Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. – Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha:

Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece.

(S. MARCOS,11:12 a 14 e 20 a 23.)


Por vezes entender as parábolas de Jesus nos parece impossível, principalmente se a idéia é trazer o ensinamento para nossa vida, em nossa época, sob nossa perspectiva.

Essa parábola, onde a figueira improdutiva seca e se extingue, pode ser interpretada no contexto atual da seguinte forma:

Todo aquele que divulga uma idéia, um modo de vida, ensinamentos edificantes, que conduzem ao bem, porem não os praticam, não exerce com o coração, é como a figueira que é frondosa, cheia de galhos e folhas, mas sem frutos. São apenas galhos fortes por fora, porem oco.

Quando incentivamos a união, a fraternidade, a solidariedade, mas nos acomodamos nos pensamentos egoístas, negando assistência ao próximo ou ainda, agindo de forma contrariá rumando na contra-mão daquele que dizemos ser o melhor caminho, estamos deixando de produzir frutos.

Toda verdade que divulgamos, sem a caridade, se extinguirá como a figueira.

Os sistemas, dogmas, teorias que não são criadas em bases sólidas, desmoronarão e certamente desaparecerão.

É imperioso que nos tornemos figueiras produtivas, com frutos abundantes, através da caridade e pratica do bem.

Saibamos ensinar, agindo e exemplificando, como o sublime Mestre.

Rogério
30/11/2011

Orai e Vigiai

Grandes e edificantes são as palavras redentoras do Mestre, o qual deixou-nos grande legado em sua sublime passagem pela esfera terrestre há mais de 2000 anos. No entanto, o convite de nos fazer refletir e praticar suas palavras continua docemente sendo pronunciado por Ele a cada dia.

Citamos aqui um conselho sublime, mas que na sua simplicidade e eficácia, e se praticado constantemente, nos auxilia nos perigos da vida humana: "Orai e Vigiai”. Com essas simples palavras, o Mestre nos ensina a entrar diretamente em contato com O Criador, nosso Pai.

Orai: de forma simples, Jesus nos convida a entrarmos em sintonia com as esferas superiores, encontrando nestas o alento para os nossos corações que sofrem nos passos trêmulos da caminhada terrena.

A Oração, que deve ser feita pelo coração e constituída da mais humilde intenção, é momento de elevarmos nossa mente agradecendo por ter experimentado mais um dia nesse mundo, por termos saúde, paz, alegrias, força para trabalhar, para auxiliar mutuamente, é momento de aproximação, onde nos colocamos em contato sublime com Deus, sentindo-O através de Seu infinito amor, e por fim, também, é momento de pedir, de buscar respostas para as perguntas que nos preocupa, de solicitar alimento para o espírito, de enviarmos nossas súplicas pelas pessoas amadas. Enfim, a prece é momento de nos ligarmos ao Alto.

É assim que a oração se constitui em infalível meio de contato com Deus, que nos ouve indistintamente e nos responde, ainda que não consigamos entender ou perceber suas respostas.

Vigiai: Quando estamos agindo e vivendo no bem, na boa conduta, sem dúvidas estamos amparados pelos nossos guias, anjos, santos ou companheiros invisíveis. Porém, a presença desses abnegados anjos de Deus não nos livra de todo mal e nem nos coloca numa posição superior, pois temos o livre arbítrio de escolher os nossos caminhos.

Inegavelmente estamos a todo o momento fazendo escolhas entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado, entre a virtude e o vício. Para tal situação, o Mestre Jesus nos ensina que é necessário vigiai para não cairmos nos caminhos obscuros. Caminhos estes mascarados através das maravilhas temporárias que o mundo nos oferece... Saibamos, então, escolher o que têm mais valor na vida espiritual do que é superficial e passageiro na vida material.

Vigiemos para que não sejamos tentados a praticar condutas inferiores, para que não sejamos arrastados pelas ondas sufocantes dos vícios. Saibamos evitar a prisão nas pesadas correntes do crime e da impiedade. Sigamos em frente sem nos desviar nas curvas do caminho degradante. Vigiemos os pensamentos, os atos, as palavras, os sentimentos. A ganância, o orgulho, a impiedade, as riquezas terrenas, os vícios e a depressão, constituem pesadas provas de elevação espiritual.

E na falta do orai e vigiai, observamos que a depressão, que se trata de um estado da alma de difícil acesso, pode se tornar nossa única opção dentre todas as outras ilusões que o mundo oferece. Nessas condições, falanges de espíritos, que se comprazem na maldade e nos caminhos sombrios, aproveitam a invigilância para nos atrair para caminhos ilusórios dos vícios, para atos de resultados irreparáveis e para tantas outras práticas perversas ao próximo ou a si mesmo, dentre elas, nos direcionar para as falsas portas do suicídio.

Assim, é imperioso que estejamos vigilantes e que não nos entreguemos às forças inferiores. Lembremos que Jesus sempre estará no coração dos homens que permitem sua entrada. Oremos uns pelos outros; oremos com o coração em paz e vigiemos com a consciência tranquila.

Rogério K. Köhler
18/10/2011

Ide e pregai o evangelho a toda criatura.

Muitos pensam que pregar o evangelho seja apenas um ato de apanhar os textos biblicos e difundir entre as pessoas, no boca-a-boca, na leitura para multidoes, nos meios de comunicação hoje utilizados, feito como uma prática diária e coordenada. Utilizar os encontros religiosos, nas igrejas, templos ou reuniões públicas, é de certa forma uma boa maneira de satisfazer o pedido do mestre.

Não se pode negar que essas práticas ja beneficiaram e continua beneficiando muito,porem pregar o evangelho é tarefa mais sublime, mais arriscada e deve ser feita de forma mais comprometida.

Quando nos deparamos com uma situação onde devemos apelar para o bom senso, para a escolha entre o certo ou o errado, entre o justo e o injusto, é ai que devemos efetivamente pregar o evangelho.

Quando a oportunidade de fazer o bem ao nosso irmão próximo e praticamos o bem, demonstramos a lição do evangelho.

Se nos colocamos em posição de doação aos que necessitam, ensinamos o valor das bem-aventuranças.

Se olharmos para os problemas da vida e de forma resignada e corajosa, enfrentamos os problemas, com fé estamos seguindo o mestre.

Nas duras batalhas da vida, onde nos colocamos firmes nos nossos propósitos sem nos desviar para caminhos obscuros, assim nos fazemos exemplos práticos do evangelho do Cristo.

Se não deixarmos passar as oportunidades de fazer o bem, fazer o correto, seguir no caminho que nos conduz para a felicidade, estamos pregando o evangelho.

Sempre que escolhemos a brandura, a paz, a solidariedade, o bem estar, o otimismo, a benevolencia, a sinceridada, a humildade, estamos exemplificando o que Jesus ensinou.

Sem menosprezar a fé do nosso próximo, aprendamos a agir de acordo com o evangelho, vivenciando com o coração.

Dessa forma fica mais fácil ir e pregar o evangelho a toda criatura.

Que a Jesus abençoe a todos.

SÁBIO DOS SÁBIOS

 
Numa noite, que se perde na poeira do tempo, uma Estrela de primeira grandeza brilhou no firmamento...
Possuidor de um conhecimento jamais igualado até os dias atuais, esse Sábio dos sábios ficou conhecido por todos os povos como Jesus Cristo.
Ninguém, até hoje, sabe o que Ele sabia nem faz o que Ele fez.
Enquanto os astrônomos sondam os espaços procurando provas da existência de vida em outros planetas, Ele, profundo conhecedor do Universo, há mais de dois mil anos afirmou: Na casa de meu pai há muitas moradas.
Enquanto os meteorologistas procuram as causas dos fenômenos climáticos, Ele, como quem conhecia as Leis que regem a natureza ordenou à tempestade que se aquietasse, e assim se fez.
Enquanto os modernos fisiologistas sondam as moléculas do corpo humano para lhes conhecer as peculiaridades, Ele, utilizando-se da vontade, reconstituiu tecidos carcomidos pela lepra, dizendo simplesmente: Quero. Sê limpo.
Excelente físico, desafiou a Lei da gravidade, andando sobre as águas. Proeza que até agora nenhum cientista ousou imitar.
Geneticista hábil, esclareceu que o que nasce da carne é carne, e o que nasce do Espírito é Espírito. Falou com sabedoria dessa dualidade humana, esclarecendo que o Espírito sopra onde quer, e ninguém sabe donde ele vem, nem para onde vai.
Psicopedagogo jamais igualado, usou os mais excelentes métodos de educação, ensinando com maestria incomparável.
Psicoterapeuta incomum, atendeu com eficiência a intimidade das criaturas, balsamizando com ternura os corações dilacerados pela dor.
Falou em Sua língua pátria e todos, vindos das mais variadas procedências, O entendiam. Mais importante: falou ao ar livre para centenas de expectadores e todos O ouviam, sem utilizar-se dos aparelhos de amplificação da voz, hoje conhecidos.
Poeta Divino, fez vibrar as cordas mais sutis da harpa viva do coração humano, cantando as bem-aventuranças eternas.
Médico incomum, restituiu a visão a cegos, curou paralíticos do corpo e da alma, restabeleceu a esperança aos desalentados.
Magnetizador excelente, com um simples gesto reanimou pessoas dadas como mortas.
Orador incomparável, impressionou os doutores da Lei com Suas palavras lúcidas e coerentes, despertando temor e admiração ao mesmo tempo.
Anunciado pelos antigos profetas, Ele foi o Messias que veio trazer luz às trevas da ignorância, e alento aos sofredores sinceros.
Hoje, como ontem, continua ressuscitando corações tomados pela morte da indiferença e do amolentamento, enviando Seus prepostos aos círculos de dor e incompreensão.
Jesus é e continuará sendo o maior de todos os sábios...
Incansável, Ele continua repetindo o sublime convite: Quem quiser vir após mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-me. 
*   *   *
Jesus é o modelo da perfeição moral a que o homem pode aspirar na Terra.
Criado muito antes que a Humanidade terrestre, veio ensinar o caminho que conduz à felicidade, por já tê-lo trilhado.
Nesse sentido é que o Apóstolo João anotou, no capítulo 8, versículo 58 as seguintes palavras do Mestre:  Antes que Abraão existisse, eu sou.
 
Redação do Momento Espírita.
Em 15.10.2010.
www.momento.com.br

Ver Jesus

O evangelho traz a singela história de Zaqueu, no livro de Lucas.

A breve narrativa sobre esse homem e seu encontro com Jesus, apesar de simples, é repleta de ensinamentos grandiosos para todo cristão.

Na a história que Zaqueu, publicano, empregado do Império Romano, trabalhava como cobrador de impostos e por vezes corrupto, era dotado de uma grande riqueza obtida de forma ilicita.

Aquele homem, apesar de seus desvios de ordem material, era, na sua intimidade, uma pessoa que queria seguir o caminho do bem, o caminho do Cristo.

Este homem, de estatura baixa, como descreve o evangelho, tinha uma vontade de apenas ver aquele homem que encantava as multidões que naquela região vivia.

Zaqueu tinha a intenção de apenas ver Jesus, sem mais nenhuma intenção, pois sabia que a multidão sedenta de ensinamentos seria grande obstáculo para ele se aproximar do mestre Nazareno.

Então, quando Jesus por ali passava, ele, deixando todo o orgulho, deixando todo o preconceito, correu em busca de uma arvore, afim de se elevar acima da multidão e assim contemplar de forma mais fácil o mestre.

As pessoas que conheciam Zaqueu, como publicano, como um pecador, pois cobrava impostos de seu próprio povo, questionavam sua atitude. Correr e subir em uma arvore era uma atitude que jamais seria digna de um homem com tal função na epoca, principalmente para ver o profeta galileu.

Estando ele no alto da arvore, vendo de forma privilegiada o Mestre, foi dessa forma visto igualmente por Jesus.

Nesse momento Jesus, se desvia todas os apelos e suplicas da multidão, olha fixadamente para aquele homem que se elevou para ve-lo e diz:

"Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa."


Assim o fez. Desceu da arvore e se encontra frente-a-frente com o Mestre.

Zaqueu já estava satisfeito, pois havia conseguido seu propósito, ver Jesus.

Mas Jesus, homenageia-o mais ainda. se dirige a ele e fala com ele, e ainda pede para pousar em sua casa.

Zaqueu, hospedando ilustre visita em sua cas, ao servir a janta, emocionado, diz ao Mestre.

"Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado."

Percebendo que aquele coração ja não batia como antes,  e que ali uma alma renovada estava presente, carinhosamente Jesus responde:

"Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto também este é filho de Abraão.
 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido."

Nada mais se fala sobre este homem chamado Zaqueu no restante dos evangelhos, porem essa pequena história, traz tantos ensinamentos que vale a pena refletirmos.


Quando nos colocamos dispostos a "ver Jesus", ver com os olhos do coração, o que devemos fazer? Quando desejamos ter em nossa vida a figura ilustre e amada de nosso Mestre o que devemos buscar? qual o caminho, qual o segredo?

Para tal basta nos inspirarmos na história de Zaqueu.

É necessário nos elevarmos, mudar de vibração, mudar o estado de nossa alma, nos elevar acima das coisas que impedem nossa visão espiritual. Todos os bens terrenos, perecíveis e passageiros. Todas as mazelas humanas, todas as formas de perturbação mental, nos atrapalha, nos impede de "ver Jesus".

É necessário nos colocarmos acima de tudo isso.
É necessário deixarmos de lado o orgulho, como fez Zaqueu, se colocando em uma situação não comum.
É necessário ter vontade de ver Jesus e buscar meios para conseguir.
É necessário nos colocar em sintonia com Jesus.
É necessário abrirmos nossa casa, nosso coração e receber Jesus.

E aguardar, esperar agindo, que o Mestre nos veja.

Se fizemos mal ao nosso irmão, como Zaqueu, peçamos perdão e restituamos a todos, quatro vezes mais se for necessário.

A humildade em aceitar que somos seres ainda imperfeitos, que cometemos erros, que temos consciência de que lezamos, faz parte da elevação do espirito.

Como Zaqueu, que admitindo ter errado, ofereceu a sim mesmo a chance de reparar seus erros, abrindo mão de seus bens terrestre, distribuindo aos pobres e devolvendo o que havia obtido de forma imprópria.

Deixemos a Salvação entrar em nossa casa, em nossa vida, na nossa consciência.

Façamos como Zaqueu, busquemos nos elevar para vermos Jesus, Senti-lo e Ama-lo.

Inspirado nos textos Lucas 19:1-10 e na palestra feita por Angélica Costa Maia "Jesus, Zaqueu e Léon Tolstói"
Palestra : <http://amigoespirita.ning.com/video/palestra-jesus-zaqueu-e-leon>





 

Saibamos aceitar as respostas de Deus.


"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á". Mateus 7:7.


Não raras vezes pedimos ao Pai, coisas que não nos faz falta, ou que satisfaça apenas nossos anseios materiais.

É como rogar ao Pai que tenhamos mais dinheiro, bens materiais, mais destaque na sociedade, fama, poder, glórias perecíveis, transitórias e limitadas.

Como Deus sabe das nossas reais necessidades, nos proporcionam apenas aquilo de que necessitamos, para o corpo e espírito.

Dessa forma, nos enganamos quando acreditamos que se pedimos e não obtemos, Deus nos está negando ou não nos ouve. Em alguns momentos nos achamos desamparados e entregue a própria sorte.

Porem o que realmente acontece é que todos os nossos pedidos são ouvidos e recebemos tudo aquilo que esteja de acordo com nossas necessidades, é a providencia divina que talvez não entendemos.


Sendo assim, aprendamos a pedi ao Pai, o auxílio para as horas difíceis, a saúde que regenera o corpo e nos coloca prontos para continuar trabalhando e servindo.

Aprendamos a escutar, pela nossa intuição, os bons conselhos dos nossos guias espirituais.

Procuremos nas atitudes em prol do nosso semelhante, a paz que Jesus nos dá.

Batamos nas portas consoladoras da Fé, que serão abertas diante de nós para que possamos prosseguir vencendo as batalhas, acreditando no amparo do Pai.

Acreditemos nas palavras do Mestre, e tenhamos confiança de que tudo que precisamos, o Pai nos concederá, tudo que procuramos, encontraremos.

O Pai que é misericordioso, infinitamente bom, nunca nos negará aquilo que necessitamos.

Se soubermos procurar o que realmente nossa alma necessita, encontraremos sem dúvidas.

Se soubermos pedir tudo aquilo que nos faz progredir, obteremos sem dúvidas.

Entreguemos nossa vida ao Pai, que tudo sabe tudo ouve e não desampara.

Pratiquemos o bem, para o bem recebermos, auxiliemos ao nosso irmão, pois assim auxiliamos a nós mesmos.

Saibamos aceitar as respostas de Deus.

Servir Mais




     Efraim bem Assef, caudilho de Israel contra o poderio romano, viera a Jerusalém para levantar as forças da resistência, e, informado de que Jesus, o profeta, fora recebido festivamente na cidade, resolveu procura-lo, na casa de Obede, o guardador de cabras, a fim de ouvi-lo.

― Mestre ― falou o guerreiro ―, não te procuro como quem desconhece a justiça de Deus, que corrige os erros do mundo, todos os dias... Tenho necessidade de instrução para a minha conduta pessoal no auxílio do povo. Como agir, quando o orgulho dos outros se agiganta e nos entrava o caminho?... Quando a vaidade ostenta o poder e multiplica as lágrimas de quem chora?

― É preciso ser mais humilde e servir mais ― respondeu o Senhor, fixando nele o olhar translúcido.

― Mas... e quando a maldade se ergue, espreitando-nos a porta? Que fazer, quando os ímpios nos caluniam à feição de verdugos? 

E Jesus:

― É preciso mais amor e servir mais.

― Senhor, e a palavra feroz? Que medidas tomar para coibi-la? Como proceder, quando a boca do ofensor cospe fogo de violência, qual nuvem de tempestade, arremessando raios de morte?

― É preciso mais brandura e servir mais.

― E diante dos golpes? Há criaturas que se esmeram na crueldade, ferindo-nos até o sangue... De que modo conduzir nosso passo, à frente dos que nos perseguem sem motivo e odeiam sem razão?

― É preciso mais paciência e servir mais.

― E a pilhagem Senhor? Que diretrizes buscar, perante aqueles que furtam, desapiedados e poderosos, assegurando a própria impunidade à custa do ouro que ajuntam sobre o pranto dos semelhantes?

― É preciso mais renúncia e servir mais.

― E os assassinos? Que comportamento adotar, junto daqueles que incendeiam campos e lares, exterminando mulheres e crianças?

― É preciso mais perdão e servir mais.

Exasperado, por não encontrar alicerces ao revide político que aspirava a empreender em mais larga escala, indagou Efraim:

― Mestre, que pretendes dizer por servir mais?

Jesus afagou uma das crianças que o procuravam e replicou, sem afetação:

― Convencidos de que a justiça de Deus está regendo a vida, a nossa obrigação, no mundo íntimo, é viver retamente na prática do bem, com a certeza de que a lei cuidará de todos. Não temos, desse modo, outro caminho mais alto se não servir ao bem dos semelhantes, sempre mais...

O chefe israelita, manifestando imenso desprezo, abandonou a pequena sala, sem despedir-se.

Decorridos dois dias, quando os esbirros do Sinédrio chegaram, em companhia de Judas, para deter o Messias, Efraim bem Assef estava à frente. E, sorrindo, ao algemar-lhe o pulso, qual se prendesse temível salteador, perguntou, sarcástico:

― Não reages, galileu?

Mas o Cristo pousou nele, de novo, o olhar tranqüilo e disse apenas:

― É preciso compreender e servir mais.

Contos Destas e Doutra Vida – Chico Xavier / Irmão X
     

Seguindo o Mestre

Dentre todas as belas palavras deixadas por Jesus destaca-se a seguinte frase:


"Quem quizer vir após mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo e siga-me."

         A frase anotada por Marcos  8:34, nos faz refletir sobre nossa conduta atual.
Seguir as palavras de Jesus, estudar suas palavras são obrigações de qualquer cristão, porem aplicar no decorrer da vida, exemplificando e ensinando como o mestre é tarefa das mais difíceis.
Podemos perceber que o Mestre nos dá a receita de como conduzir Seu evangelho, como continuar Sua obra, e como segui-Lo, sem dúvidas e exitações.

          Primeiramente, tomemos nossa cruz, ou seja, independende da época, nossa posição social, raça, credo, devemos aceitar nosso destino, nossa atual experiência, no decorrer dos dias de nossa vida.
Afirma o Mestre, dessa forma, de que todos temos uma cruz, que significa as dificuldades que nos pesam. Cruz que foi imposta por nós mesmos diantes dos atos cometidos em tempos remotos ou na existência atual.
     Saibamos aceitar a dor, a impiedade do mundo, as pessoas próximas que nos causam aborrecimentos, os insultos. Aceitemos a dificuldade e siga-mos confiantes na Justiça Divina e nas palavras do mestre Jesus.

         Segundo, neguemos a nos mesmos. Neguemos as ilusões materiais, deixemos de lado as glórias temporárias, os luxos, os quais achamos indestrutíveis, as paixões que nos aprisionam. Deixemos de lado o egoismo, a vaidade, o orgulho, atendamos ao próximo, ajudando, auxiliando, e não apenas esperemos ser auxiliados.

         E por fim, sigamos o mestre, atraves de Seus ensinamentos, da Sua humildade, Sua brandura, Seu imenso amor, Sua fé, Sua docura, Sua palavra, Seu evangelho.

 Estudemos suas palavras que compoem o evangelho, anotadas pelos devotádos Cristãos, primeiros seguidores, procurando amar ao próximo, vivenciando os ensinamentos e exemplificando.

 Dessa forma veremos que podemos sim, sentir a cruz mais leve, e seguindo com fé em direção do mestre.
                                                                              

                                             Avante, siga-mos o Mestre Amigo.



Fardo nosso de cada dia.

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."

As palavras de Jesus, anotadas em Mateus 11:28-30, traz o doce convite aos que estão enfraquecidos das lutas diárias, do peso das responsabilidades, dos pesados fardos da tarefa de regeneração da alma, ou dos que ainda não encontraram a paz que vem de Deus.

Viver, tarefa árdua, porem necessária para alcançar os caminhos divimos, nos proporciona muito momentos de sofrimento, de angústia, de padecimentos. E só refletindo, absorvendo as palavras de Jesus, é possivel descarregar os pesos que nos curvam as costas, como a cruz por Ele um dia suportada. 

Aceitemos o meigo convite que tão doce e suave foi feito há 2000 anos atrás, quando dizia, que seu jugo é suave e seu fardo leve. Dessa forma, nos permite crer que com Ele, como guia e mestre, podemos sim, vencer as duras batalhas da vida, as diferenças, as falsas glórias terrestre e as tormentas cotidianas. 

Tomemos sobre nós o Seu jugo que é suave. Sigamos seus exemplos.

Busquemos nos Seus ensinamentos o remédio que cura a alma danificada, libertemo-nos das correntes pesadas e ásperas das ilusões efemeras da terra.
Cultivemos nos nossos corações as iluminadas condutas do grande exemplificador da vida. 

Aprendamos a ser manso e humilde como sempre foi e continua sendo, esse meigo rabi da galiléia.

Só assim passaremos pelas provas sem medo, sem desanimar, sem desistir, sem nos iludir nas portas falsas da depressão, da loucura, dos excessos e da obsessão.

 

Os Herdeiros da Terra

As bem-aventuranças deixadas por Jesus para a humanidade, são docemente apreciadas por nós, porem muitas vezes pouco praticadas.

No ir e vir dos dias atribulados, cansativos e cheios de problemas e deveres, perdemos o rumo dos pensamentos e nos deixamos levar por uma corrente de erros.

Os maus costumes e hábitos nos levam a pesadas maneiras de suportar o dia-a-dia.
A raiva, mal humor, inveja, falta de paciência são algumas das atitudes que por vezes nos acompanham de forma despercebidas. Sendo assim, vale nos lembrarmos das sábias palavras do mestre.

"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra."

Quando Ele nos disse isso, quiz se referir aos que com mansidez e brandura, levam a vida rumo a Deus.
E nós? será que seremos herdeiros da terra?
No transito, o que nos leva a sermos agressivos, quando podemos ser pacíficos?
Na familia, porque preferimos atacar com injúrias, quando é hora de união?
No circulo de amizades, preferimos a inveja ou o orgulho à pratica de costumes edificantes.
Ao desconhecido, que com olhos desconfiados mostramos indiferença, quando é apenas um irmão de caminhada e necessitam de nossa compreensão.
Enfim, será que somos dignos de herdar a terra com atitudes tão terríveis ao espirito?
Somos os sucessores do Mestre, mas será que no caminho Dele é que estamos avançando?

Reflitamos nossas atitudes perante o nosso semelhante. Herdemos os tesouros das palavras de Jesus.

Perfil de Jesus

 
Toda especial foi a Sua vida.
Anunciado por profecias, sonhos e anjos, Ele esteve aguardado pela ansiedade do povo, pelo orgulho nacional de raça e o despotismo dos dominadores políticos que O desejavam guerreiro arbitrário e apaixonado.
Quando o silêncio espiritual pairava em Israel, Ele nasceu no anonimato de uma noite    gentil, numa manjedoura, cercado por animais domésticos e assistido pelo amor dos pais humildes, sem outras testemunhas.
Seus primeiros visitadores eram amantes da natureza, pastores simples, logo seguidos por magos poderosos, num contraste característico, que sempre assinalaria a Sua jornada entre os homens.
Nas paisagens de Nazaré Ele cresceria desconhecido, movimentando-se entre a carpintaria do pai e as meditações nas campinas verdejantes, confundido com outros jovens sem qualquer destaque portador de conflitos antes da hora.
Amadureceu no lar como o trigo bom no solo generoso, e, quando chegou a hora, agigantou-Se na sinagoga, desvelando-Se e anunciando-Se.
Incompreendido, como era de esperar-se, saiu na busca daqueles que iriam segui-Lo e ficariam como pilotis da­ Nova Era que Ele iniciava.
No bucolismo da Galiléia, pobre e sonhadora, fértil e rica de beleza, Ele começou o ministério que um dia se alargaria por quase toda a Terra, apresentando o programa de felicidade que faltava às criaturas.
Jamais igualado, Sua voz possuía a mágica entonação do amor que penetra e dulcifica, ensinando como ninguém mais conseguiu fazê-lo.
A majestade do Seu porte confundia os hipócritas e desarmava os adversários gratuitos, pela serena inocência, profunda sabedoria e invulgar personalidade.
Nunca Se perturbou diante das conjunturas humanas, sobre as quais pairava, embora convivendo com gente de má vida, pecadores e perversos, pobres desesperados e ricos desalmados, vítimas morais de si mesmos no vício e perseguidores contumazes...
Ele compreendia a pequenez humana e impulsionava os indivíduos ao crescimento interior, às conquistas maiores.
Penetrando o futuro referiu-Se às hecatombes que a insânia humana provocaria, mas apresentou também a realidade do bem como coroamento dos esforços e sacrifícios gerais.
Poeta, fez-Se cantor.
Príncipe, tornou-Se vassalo.
Senhor, converteu-Se em servo.
Nobre de origem celeste, transformou-Se em escravo por amor.
Ninguém disse o que Ele disse, conforme O fez e O viveu.
Jesus é a síntese histórica da ascensão humana.
Demarcando as épocas, assinalou-as com o Estatuto da Montanha, em bem-aventuranças eternas.
Nem a morte O diminuiu. Pelo contrário, antecipou-Lhe a luminosa ressurreição, que permanece como vida de sabor eterno, varando as Eras.
Grandioso, hoje como ontem, é o amanhã dos que choram, sofrem, aguardam e amam.
Sua veneranda Presença paira dominadora sobre a Humanidade, que nEle encontra o Alfa e o Ômega das suas aspirações.
Jesus é a Vida em representação máxima do Criador, como Modelo para a Humanidade de todos os tempos.
Unamo-nos a Ele e vivamo-Lo.

Redação do Momento Espírita, com base no  cap. 25, do livro Perfis da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 11.01.2010

Onde está Jesus?

Andamos sobre esse planeta, que para muitos, doloridas e amargas experiencias são impostas, como meio de resgate de dívidas pretéritas. Convivemos com pessoas nem sempre agradáveis aos nossos corações. Praticamos atos, que por vezes não são aprovados pela nossa consciencia. Lamentáveis angustias somam-se ao passar dos dias. Pesados fardos nos amontoam a frente. Dentre todas essas provações, nos perguntamos, onde está Jesus? Onde estão suas promessas? onde estará nossa paz, prometida pelo mestre?

Respostas, elas existem!

Quando o sol nasce, brilhoso, convidando-nos para mais um dia, ai está Jesus.
Quando a natureza nos saúda, com seu encanto, ai está Ele.
No carinho sincero dos amigos, percebamos o nosso amigo Maior.
Nas horas de alegria junto aos nosso mais queridos afetos, sentimos sua energia.
Ao chegarmos ao final do dia, vencedor das batalhas que o dia proporcionou, saudamos a Ele mais uma vitória.
Na cura de enfermidade cruel, que dilacera o organismo. Ao Mestre devemos agradecimentos.
Nos momentos de fraqueza, onde o abismo da insegurança e loucura nos aparece. É dele que vem a segurança e fortaleza.
No conselho materno ou paterno que nos reconduz ao caminho correto. São deles as mais grandiosas inspirações.

Enfim, nos faz presente em todos os momentos a sua sincera luz, que nos guia nos passos quase vacilantes nas avenidas largas do Livre arbitrio, nesse mundo de provas e expiações.

Jesus mestre amigo, a luz do mundo.

Na batalha diária

A cada dia que recebemos a graça de estar neste planeta. Novas experiências nos são dadas, algumas boas, outras desagradáveis.
Assim é inquestionável que estejamos preparados para o que nos é apresentado. Sendo assim vale lembrar:

Quando se sentir sozinho, aceita a companhia amiga do Mestre.
Quando se sentir sem ânimo, anima-se com o bem tratar do próximo.
Quando se sentir inútil, ampara os mais necessitados.
Quando se sentir vazio, preenche a alma, com as palavras de Jesus.
Quando se encontrar em desespero, acalma-se na oração sincera.
Quando se sentir desamparado, lembra-te da presença do Messias.
Quando se encontrar disposto, segue em frente e luta contra as investidas do mal.
Quando se encontrar feliz, agradece ao Pai, a oportunidade de mais um dia.
Quando o mal lhe tentar, afasta-o com o pensamento em Jesus.
Quando o fracasso lhe vencer, recomeça rogando auxílio do alto.
Quando a cruz lhe pesar, lembra da cruz mais pesada que foi imposta a Cristo e persiste.
Quando tudo parecer escuridão, acende a luz intima, e ilumina teus pensamentos.
Quando tudo parece distante, caminha em direção do progresso do espírito.
Quando se perder do caminho, roga auxilio aos bem-feitores espirituais e recomeça.
Quando o próximo te ofender, ofereçe seu carinho sincero e perdoa.
Quando à Deus quizer agradar, auxilia o próximo e o ama, como a si mesmo.


Jesus permanece presente em todos os momentos da nossa vida.

Recado aos que choram.

"Bem-aventurados os que choram pois serão consolados" (Mateus 5)

Sábias e consoladoras as palavras de Jesus, deixadas por Ele a humanidade faminta de consolo e paz.

Vivemos num mundo onde a tristeza, o luto, as decepções, os bens perecíveis da matéria nos cercam e sufocam, nos infelicitando e trazendo sofrimento. Dentro desse mar de tormento, é comum, infelizmente, recorrermos a falsos consolos, falsas promessas de paz e tranquilidade. Falamos dos males morais, que a todos atinge. 


Como é visto nos noticiários e no convívio em geral, as drogas, as más inclinações, a vingança, o ódio, a corrupção, vaidade e todo tipo de cólera nos invade o reduto e nos penetra no mais intimo da alma.

Neste momento é importante nos refugiarmos nos ensinamento do Mestre Nazareno, mostrando a todos o caminho certo para o bem próprio e geral do mundo. Confiemos no Amigo maior, depositando nele toda nossa fé para combatermos os inimigos que rondam nossa vida. 

Quando as lágrimas nos lavarem o rosto e ofuscarem nossa visão, fechemos os olhos e meditemos, lembrando que o sofrimento se faz necessário para que todas nossas falhas pretéritas sejam quitadas. 

Encontraremos nas palavras do Mestre a disposição necessária para continuarmos nossa caminhada nessa escola chamada Terra. Pensemos no tormento que Ele, por amor a nós, passou e saiu vitorioso, no madeiro que lhe foi imposto. Carreguemos nossa cruz com a mesma força divina que um dia nosso divino Mestre carregou. Sejamos hoje, melhor do que ontem e amanha melhor do que hoje. Nunca desanime-mos. Nunca pensemos em desistir. Que Deus abençõe a todos.


Poder e Vaidade

Fala-se muito das misérias humanas. Fala-se, sobremaneira, da miséria econômica.

Mas, ao lado das misérias materiais há outras de maior gravidade, que são as misérias morais.

A vaidade é uma delas. Mistura-se a todas as ações humanas e mancha os pensamentos mais delicados. Penetra o coração e o cérebro.

Planta má, a vaidade abafa a bondade. Todas as qualidades são aniquiladas por seu veneno.

Faz com que os homens se esqueçam de Deus, que se constitui em socorro apenas implorado nos momentos de aflição, e jamais o Amigo convidado ao banquete da alegria.

A vaidade, por si só, se constitui em obstáculo ao progresso moral dos homens, mas quando está de mãos dadas com o poder, torna-se nefasta.

Nos tempos em que as estradas poeirentas da Galiléia ainda eram marcadas pelas sandálias humildes do Sublime Galileu, um ensinamento singular ficou impresso na História, através de um diálogo do Cristo com um senador romano.

Jesus falou-lhe de humildade, mas, aquele homem investido dos poderes e glórias transitórios, deixou-se arrebatar por uma onda de orgulho e questionava-se mentalmente:

Humildade? Que credenciais apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele, senador do Império Romano, revestido de todos os poderes?

Lembrou a cidade dos Césares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos acreditava, naquele momento, fossem imortais.

Jesus, conhecedor das Leis eternas e imutáveis que regem a vida, percebendo seus pensamentos, respondeu com serenidade e firmeza:

Todos os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis...

As magnificências dos Césares são ilusões efêmeras de um dia, porque todos os sábios, como todos os guerreiros, são chamados no momento oportuno aos tribunais da justiça de Meu Pai que está no Céu.

Um dia, deixarão de existir suas águias poderosas sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros trabalhadores mais dignos do progresso.

Suas leis injustas serão tragadas no abismo tenebroso desses séculos de impiedade, porque só uma Lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem: A Lei do amor, instituída por Meu Pai, desde o princípio da Criação...

Nesses ditos de Jesus, há um singular ensinamento: a transitoriedade das ostentações humanas construídas sob os impositivos da vaidade.

E Jesus tinha razão. Dois milênios após, pouca coisa restou daquele Império tido como imortal. Restam hoje apenas algumas ruínas que o tempo se encarregará de extinguir.

Todavia, o tempo não logrará destruir os ensinamentos grandiosos legados à Humanidade pelos cidadãos romanos que se dedicaram a construir patrimônios imperecíveis, não sujeitos às leis da matéria.

*  *  *

Deus, antes de colocar a Humanidade sobre a face da Terra a enfeitou de belezas naturais, revestiu-a de todos os elementos e recursos necessários ao nosso bem-estar.

Para iluminar o dia, Ele nos deu o Sol, radiação gloriosa. E para clarear as noites salpicou-as de estrelas, como se fossem flores de ouro.

E nós, o que temos para ofertar a Deus, senão o nosso coração?

Mas, longe de enfeitá-lo com alegrias, virtudes e esperanças e permitir que Deus o penetre, só o fazemos quando o luto, as amarguras e decepções nos visitam e nos ferem.

Deixemos a vaidade de lado e ofertemos o nosso coração livre de dores.

Ofereçamo-lo a Deus como homens, de pé, e não como escravos, de joelhos. Lembremo-nos de Deus também nas horas de alegria e felicidade.


Redação do Momento Espírita com base no cap. V,
pt.1, do livro Há 2000 anos, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.
Em 18.01.2010.